Complexos (desportivos) com muita complexidade – Filhos de um Deus menor…

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De volta a um tema que sempre me foi muito querido!

Há uns “tempos valentes” fiz questão de deixar muito clara a minha opinião acerca da construção dos variados complexos desportivos no concelho de Cantanhede.

Foi para mim um erro estratégico iniciar a construção dos mesmos quase em simultâneo. A razão pela qual eu considero um erro estratégico é muito simples pois, se se tivesse arrancado com a construção de um complexo desportivo municipal e depois disso, mediante necessidades e possibilidades, se avançasse com outras obras teríamos uma gestão mais eficaz e não seria certamente necessário redimensionar os projectos que existem neste momento.

Durante os últimos dias tive também conhecimento que o complexo desportivo de Febres (que já dispõe de bancada) terá os seus balneários terminados no final de Setembro! Óptimas notícias para as gentes de Febres!!!

Soube também que no complexo desportivo de Ançã já decorrem a bom ritmo as obras de construção da bancada do dito complexo! Boas notícias para as gentes de Ançã!!!

No complexo desportivo de Cantanhede, continua tudo na mesma com balneários provisórios que correm o risco de se transformarem em definitivos e o relvado natural continua sem bancada e tem apenas como utilização fundamental servir de relvado para o “drive” do campo de golf… Continuação de más notícias para as gentes de Cantanhede.

Não gosto de dizer isto mas, se calhar, temos que concluir que as gentes de Cantanhede devem ser filhos de um Deus menor.

Nota final: vai ser curioso este ano ver a “distinta” União Desportiva da Tocha a medir forças com o “histórico” CF “Os Marialvas”!!! Afinal não havia assim tantas diferenças…

Cantanhede cultural – Um fenómeno medíocre…

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O mundo sempre foi pequeno demais para algumas almas que necessitam de espaço para voar.

Esta é uma noção que praticamente todos temos como certa pois os exemplos, disso mesmo, surgem ao virar de cada esquina. Cantanhede, nesta matéria, não nenhuma ilha, é apenas mais um exemplo de como uma certa pequenez de espírito faz com que os seus mais “artísticos” filhos tenham a necessidade de “voar” para outras bandas.

Sejamos intelectualmente honestos e assumamos claramente que Cantanhede é, claramente um concelho com um défice cultural acentuado. Cantanhede é, assumamo-lo novamente de uma forma honesta, um concelho com uma séria incapacidade de acarinhar os seus melhores a nível cultural. Cantanhede é um concelho que sofre do fenómeno da valorização do externo em detrimento do que é “produzido” internamente.

Casos como o de Jorge Ferreira, Pinto Ferreira, Liliana Luz, Inês Andrade, entre outros, são exemplos do fenómeno de fuga de valores culturais de Cantanhede para outras bandas…

Urge, o mais rapidamente possível, mudar esta “maneira de estar”, esta “maneira de pensar”, esta “maneira de demonstrar”… É preciso valorizar o que é nosso (do concelho de Cantanhede)!

Em suma, o que importa, é que ao contrário do que algumas pessoas julgam, em Cantanhede, algumas coisas fazem-se bem!…

Nota: desculpem-me todos os outros artistas cantanhedenses que não foram referenciados neste texto mas, felizmente, seria muito extenuante nomeá-los a todos! 😉

Nem para lavar roupa suja…

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Nem para lavar roupa suja…

No meu último texto falei sobre uma comunidade, no Facebook, que se dá pelo nome de Moscaoteiros de Cantanhede, e desta feita venho novamente falar sobre eles pois parece-me que os meus mais improváveis desejos começam a concretizar-se! Parece-me que finalmente apareceu alguém para verdadeiramente “meter a boca no trombone”!!!

Uma das últimas publicações na comunidade acima referida, foi acerca de umas descargas ilegais na Vala da Varziela (artigo na íntegra). Coisa de “pouca” importância pois, pelo que eu percebi do texto, ainda nem sequer deu origem a uma explicação cabal por parte da CMC ou da INOVA/EM. Obviamente que este tipo de situação não pode passar nem impune nem sem ser devidamente divulgado, por isso escrevo este texto e espero que seja alvo de muitas partilhas.

Uma das coisas que me saltou à vista nesta publicação do “Dartacão” (pelos vistos também já chegou o chefe da equipa!) foi que além do que foi escrito, foram disponibilizadas fotos de descargas na Vala e foto de documento da GNR (o que me pareceu ser uma contra ordenação), ou seja quem quis falar sobre isto, muniu-se da documentação que julgou necessária (gosto disto)…

Finalmente apenas digo que assim, na Vala da Varziela, nem para lavar roupa suja…

“O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.” Albert Schweiter

De espada em riste!…

3-mosqueteiros-93-03Tempos houve em que cheguei a pensar ser uma “ave rara” no que diz respeito às minhas análises sobre os mais variados acontecimentos do nosso pequeno, e cada vez mais insignificante, quintal que é Cantanhede. Nesses tempos “longínquos” cheguei a ser aconselhado a “fechar” o blog que eu alimentava com as minhas palavras (conselho que na altura segui), chamava-se “Provacerebral”.

Agora que voltei à partilha de opiniões e observações através deste “Mordendo a cauda” tenho que dizer-vos que começo a sentir que, felizmente / finalmente, novas vozes começam a querer ser ouvidas!

Há uns dias fiquei admirado com a partilha de um texto que escrevi sobre a 25ª edição da Expofacic, que por sinal teve 2100 visualizações, por um tal de Athos (nome de um dos famosos mosqueteiros de Alexandre Dumas). A razão da admiração é só porque esse tal de Athos faz parte de uma comunidade (no Facebook) que se dá pelo nome de “Moscaoteiros de Cantanhede”. Pelo texto de apresentação parece-me que a ideia é dar voz aos que não têm condições para o fazer… se assim for contém comigo (vou continuar a analisar para tentar perceber credibilidade) para, de espada em riste, continuar a dizer o que se vai passando pelo nosso querido quintal!

Uma coisa posso desde já dizer, com umas pitadas de humor e um teor de “veneno” qb, parece-me que me vou tornar assíduo na leitura destes posts…

Gosto especialmente da “assinatura institucional”, o incontornável:

UM POR TODOS E TODOS POR UM!”

XXV Expofacic – Êxito ou flop?

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Depois de umas semanas de descanso e de mais uma EXPOFACIC, volto agora aos textos e opiniões que faço questão de continuar a partilhar com quem quiser..

A 25ª edição da Expofacic e seu “balanço”.

No âmbito futebolístico costuma-se dizer que “em equipa que ganha não se mexe”, no entanto, se quisermos fazer um balanço da 25ª edição da EXPOFACIC, não me parece que essa estratégia tenha surtido o efeito desejado.

Numa edição que tinha como principal característica diferenciadora, das anteriores, o facto de ser a XXV (bodas de prata), presenciou-se mais uma edição igual (ou menos interessante) a tantas outras. Muitos prismas de análise poderão ser utilizados para avaliar a edição de 2015, no entanto parece-me razoável afirmar que esta edição ficou aquém das expectativas pois, ao contrário de anos anteriores não houve o fulgor e a vitalidade de outros tempos… Uma primeira metade do certame claramente abaixo dos anteriores, no que diz respeito aos visitantes, e um cartaz que de novidades pouco (ou nada) teve, são dois factores que julgo serem inegáveis. Além disso, “pormenores” como o custo de bilhetes e custo de cerveja poderão ter tido um efeito antagónico ao que se desejaria.

De uma forma mais estrutural, penso que o trabalho que trouxe a EXPOFACIC para a liderança de um potencial ranking deste tipo de eventos em Portugal só provocará o efeito oposto no futuro (o que nos trouxe até aqui não nos levará mais longe)… Não faz sentido que num cartaz de 11 dias de festa se repitam constantemente artistas que nos visitam há décadas! Bem sei que o público-alvo da EXPOFACIC é muito característico, no entanto isso não explica tudo pois, se analisarmos o advento da presença de DJ’s no certame conclui-se rapidamente que o paradigma está em vias de se alterar. Neste âmbito só espero que no futuro não se venha a constatar que havia outras formas, bem mais interessantes, de fazer essa mudança e se calhar até com efeitos financeiros mais interessantes.

Bem sei que quem ler este texto irá dizer que não existem aqui soluções ou alternativas, tal facto deve-se apenas à minha convicção de que não serei eu enquanto munícipe que terei essa responsabilidade mas sim quem é pago para assumir (para o bom e para o mau) as consequências das suas decisões…

Para finalizar gostaria apenas de dizer só mais uma coisa:

Com problemas de empresas de segurança, com alegadas agressões das autoridades a visitantes, roubos,… tudo e mais alguma coisa, creio que a 25ª edição ficou aquém das expectativas!

A 25ª edição da EXPOFACIC merecia uma análise mais pormenorizada (com números) e não uma mera afirmação de “Resultados em linha com os das últimas edições”(esta frase faz-me sempre pensar “mais do mesmo”)… Não seria mau se essa fosse a percepção geral da comunidade, o problema é que a sensação geral da comunidade situa-se nos antípodas do descrito…

“Com papas e bolos se enganam os tolos!” – sabedoria popular