IMI Familiar, a favor ou contra?!

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Foi aprovada, há poucos dias, a adopção do regime de IMI Familiar no concelho de Cantanhede. Uma iniciativa conceptualmente positiva e que por pouco impacto que individualmente possa ter na vidas das familias, não deixa de ser salutar. O meu espanto surge quando leio que os vereadores do PS em Cantanhede optaram por se abster na votação desta medida! Que julguem que só por “imposição” do poder central este executivo decidiu assumir esta medida como uma realidade, eu até consigo compreender, no entanto, a razoabilidade de uma abstenção nesta matéria desvanece-se quando faço um exercício de memória e constato que a diminuição do IMI foi uma das bandeiras do PS Cantanhede nos últimos tempos. Será que os senhores vereadores do PS em Cantanhede sabem o que é uma declaração de voto?! 
Será que são fans de Oscar Wilde, nomeadamente quando disse que ” a coerência é a virtude dos imbecis “?!
Enfim!..

Tugas a bordo

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Cada vez mais, nas viagens que tenho que fazer, noto um numero cada vez maior de tugas a bordo. Este fenómeno pode ter variadíssimas leituras, deixo-vos aqui duas possíveis:

1 – cada vez existem mais tugas empreendedores e arrojados o suficiente para procurarem novas soluções de negócio nos mercados externos.
2 – cada vez existem mais tugas “pendurados” que quase são obrigados a procurar melhor vida em “mercados externos”

Será que alguma destas leituras está correcta?…

Voo 1464 – O impossível aconteceu!

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15 de Setembro, 19:20 PORTO. Voo EZS1464.
Tudo normal a caminho de Genève para mais uma missão de índole profissional. A única coisa que fugiu à normalidade foi o facto de haver um alerta metereologico encarnado! Escusado será de dizer que o meu espírito não era propriamente o mais agradavel para esta viagem, nunca escondi que o avião nunca foi o meu meio de transporte favorito, muito menos com alertas encarnados!!! 
Adiante… 
Quando algo não corre como nós gostaríamos é provável que algo de indesejável acabe por acontecer e esta viagem não foi diferente… Quem é que me lhe calhou nas sortes no banco ao lado? Uma simpática senhora dos seus 60 e qualquer coisa anos de idade, portuguesa e acompanhada pelos seus filhos e nora… Portuguesa de gema sofreu a bom sofrer neste voo pois, conforme aviso do “this is the captain speaking” os primeiros 45 minutos de viagem foram os piores que eu já fiz até hoje!! Digamos que levamos uma bela tareia lá em cima!!!!
Enfim, até aqui nada de novo, no entanto há uma altura do voo que me apercebi que até eu tentei acalmar a senhora e fazer com que ela sofresse menos… Eu, um lonely voyager que estou sempre preocupado em me manter concentrado/calmo para concretizar as viagens sem stress e que para isso quase me desligo do que se passa á minha volta!!… Não sei o nome da senhora, não sei de onde é, apenas sei que, sem saber, me levou para uma realidade que eu julgava impossível… Como disse Nelson Mandela, o impossível só o é até ser concretizado…

Sete dias de uma semana

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Sete dias numa semana perfazem cerca de 10 000 minutos. Obviamente estes 10 000 minutos são todos diferentes entre eles mas há alguns que são mais diferentes que outros… Para muitos os piores 1 440 são os de segunda feira e os melhores os relativos ao sábado. Para mim sinceramente fico-me um bocadinho ao lado, fico-me pela lógica da antecâmara. Assim, posso dizer que os minutos que mais aprecio durante uma semana são os que “consumo” à sexta feira e os que detesto passam-se ao domingo… Enfim, perspectivas… que podem mudar de minuto a minuto!…

A “cena” do guardanapo

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A cena do guardanapo…
O guardanapo é uma daquelas coisas que raramente valorizamos a não ser quando nos falta. No entanto há uma “cena” que sempre me transcendeu em termos de percepção. Os “arranjos” que se fazem com os ditos guardanapos!!! Este fenómeno é uma daquelas coisas para as quais não encontro explicação lógica pois, além de esteticamente ser muito questionável (na maior parte das vezes), a única coisa engraçada que porventura poderá originar são as conversas que poderão surgir para tentar identificar as semelhanças da “cena” com algo de concreto (uma zona especifica do corpo humano por exemplo). Finalmente parece-me que há uma coisa que não devemos esquecer, o efeito da “cena” e do guardanapo por dobrar é o mesmo, certo?!

Que parva(o) que eu sou…

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A música sempre foi, entre outras formas de expressão/arte, um veículo de transmissão de sensações, emoções, mensagens! Obviamente que nas circunstâncias em que grande parte de nós vive, a sensibilidade para alguns temas mais fraturantes é maior e, por isso mesmo, este móbil (música) ganha uma preponderância efectiva no processo de evolução de mentalidades.

Um amigo chamou-me a atenção para um tema de uma banda portuguesa, que por sinal nem sou grande apreciador, os Deolinda pois, dizia-me ele, conseguiram descrever claramente as circunstâncias em que um geração tem que viver no nosso Portugal!

Pois bem, de facto o tema é pungente no que diz respeito à letra e consegue fazer-nos pensar nas circunstâncias em que vivemos hoje…

Aqui fica uma dica –Sei bem que não é fácil tomar decisões mas pior que uma má decisão é não tomar decisão alguma…

Parva Que Eu Sou

Sou da geração sem remuneração

E nem me incomoda esta condição.

Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,

Já é uma sorte eu poder estagiar.

Que parva que eu sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Que para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,

Se já tenho tudo, para quê querer mais?

Que parva que eu sou!

Filhos, marido, estou sempre a adiar

E ainda me falta o carro pagar,

Que parva que eu sou!

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me para quê?’

Há alguém bem pior do que eu na tv.

Que parva que eu sou!

Sou da geração ‘eu já não posso mais!’

Que esta situação dura há tempo demais

E parva não sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.