Que parva(o) que eu sou…

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A música sempre foi, entre outras formas de expressão/arte, um veículo de transmissão de sensações, emoções, mensagens! Obviamente que nas circunstâncias em que grande parte de nós vive, a sensibilidade para alguns temas mais fraturantes é maior e, por isso mesmo, este móbil (música) ganha uma preponderância efectiva no processo de evolução de mentalidades.

Um amigo chamou-me a atenção para um tema de uma banda portuguesa, que por sinal nem sou grande apreciador, os Deolinda pois, dizia-me ele, conseguiram descrever claramente as circunstâncias em que um geração tem que viver no nosso Portugal!

Pois bem, de facto o tema é pungente no que diz respeito à letra e consegue fazer-nos pensar nas circunstâncias em que vivemos hoje…

Aqui fica uma dica –Sei bem que não é fácil tomar decisões mas pior que uma má decisão é não tomar decisão alguma…

Parva Que Eu Sou

Sou da geração sem remuneração

E nem me incomoda esta condição.

Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,

Já é uma sorte eu poder estagiar.

Que parva que eu sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Que para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,

Se já tenho tudo, para quê querer mais?

Que parva que eu sou!

Filhos, marido, estou sempre a adiar

E ainda me falta o carro pagar,

Que parva que eu sou!

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me para quê?’

Há alguém bem pior do que eu na tv.

Que parva que eu sou!

Sou da geração ‘eu já não posso mais!’

Que esta situação dura há tempo demais

E parva não sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.

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