O IDIOTA E A ÉTICA

Hoje venho até vós para vos falar de uma coisa um pouco diferente do habitual futebol. Hoje venho até vós para vos falar de algo que para mim, cada vez mais, é a pedra basilar da minha existência e da minha maneira de estar na vida. A ética!

Um bom amigo (não é o perfil do FB do vídeo), fez-me chegar um vídeo em que um político espanhol levava a cabo uma intervenção pública, acerca da nomeação do Procurador Europeu. O famoso caso do “Guerra” e das informações erradas acerca do seu CV. Este é claramente um caso de um CV que, ao contrário do que acontece aos CV’s do candidato Vitorino Silva, não foi para o caixote do lixo, mas devia ter ido!

Por razões mais do que óbvias a minha posição é cristalina relativamente esta situação, é inadmissível acontecerem coisas deste calibre num (alegado) estado de direito! No fim do dia quem fica mal na fotografia não é o Primeiro Ministro “X” ou o Ministro “Y” mas sim todo um povo que deposita a sua confiança, através do voto, num grupo de pessoas que considera como as adequadas para dirigir os destinos do nosso país.

Claro que esta análise é sempre simplista e muito redutora pois, tenho para mim que, após tentar perceber como é possível estas coisas ainda acontecerem nos dias de hoje, o problema fundamental não está na cúpula da decisão, mas em toda a entourage que paira à volta dos centros de decisão. Segundo alguns amigos que fazem parte do sistema judicial, é claro que o busílis da questão está, fundamentalmente, no lobby que existe a gravitar em torno do Ministério Público, que segundo eles é tão poderoso que nem um Primeiro Ministro o consegue “combater”!

Não sou de todo a pessoa mais capacitada para dissertar sobre esta temática, mas ainda me considero uma pessoa razoável, com capacidade cognitiva e, acima de tudo, com um conceito de ética muito bem definido na minha maneira de pensar e ser. Por isto concluo (admitindo, porém, outras opiniões igualmente válidas) que o problema raramente está no pacote, mas sim no seu conteúdo. O Primeiro Ministro de Portugal, parece-me a mim, escolheu o caminho menos doloroso (para ele) e cedeu ao lobby. Se tivesse optado por outra solução seria certamente mais difícil para ele e igualmente doloroso para todos nós. Esteve muito mal!!!

Finalmente e voltando ao Sr. Espanhol que não gosta de ser tratado como um “idiota”, não deveria ele ter pensado nisso no passado recente quando o seu Partido foi o epicentro de uma série de escândalos de corrupção na nossa vizinha Espanha?! Este individuo não tem certamente a mesma perspetiva que eu sobre o conceito de ética…

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