50 anos de influência para a imortalidade…

1967-elektra-records-the-doors

04 de janeiro de 1967, L.A., nascia um dos mitos mais interessantes da década de 60 nos Estados Unidos da América.

The Doors mostravam-se à opinião pública com o seu primeiro álbum com titulo homónimo. Reza a história que o álbum foi gravado em “meia dúzia” de dias e que viria a ser um dos marcos de uma geração que, até há pouco tempo atras ainda acreditava que podia mudar o mundo de formas pouco convencionais.

A história desta banda é sobejamente conhecida e versões mais ou menos ficcionadas circulam por tudo quanto é sitio que se debruça a analisar os fenómenos ligados à música. Obviamente que numa dinâmica de grupo, como é uma banda, raramente o valor da banda é a soma das suas partes, The Doors são um excelente exemplo disso mesmo pois, o seu frontman assumiu claramente as despesas da casa enquanto catalisador de tudo o que de bom e de mau aconteceu nos anos finais da década de 60 e inícios de 70. Jim Morrison, ou o Rei Lagarto, como se auto intitulou, foi claramente um farol da cena underground, enquanto defensor do anti-stablishment e enquanto defensor da liberdade criativa total, no entanto a sua vertigem pelo “limite” e consequente ultrapassagem do mesmo fez com que muitas das suas ações fossem, muitas das vezes, interpretadas como apenas loucuras de alguém que tinha como regra base a exploração máxima do exagero.

No que a mim diz respeito, esta banda e a figura de Morrison, além da vertente artística, tem um peso emocional considerável pois foi através de um primo que cheguei a estas sonoridades e, aquando do falecimento desse primo, fiquei para sempre a “hipnotizado” pelo fenómeno The Doors/Morrison. Foi uma fase um pouco atribulada de fim de adolescência inicio de idade adulta, em que alguns episódios, de alguma intensidade, foram acontecendo na minha vida, sempre com os The Doors como banda sonora.

O processo de descoberta de novas sonoridades que desenvolvi foi, ele mesmo, um reflexo da minha quase obsessão pela banda de LA que continuava a fazer parte de todas as cassetes que tinha gravadas mas que, de uma forma subliminar, me estimulava a procurar coisas novas. Foi precisamente nessa altura que eu adotei para mim o conceito do “pelo do cú” que me ajudou a definir o que me agradava, ou não, à medida em que ia descobrindo coisas novas e diferentes.

Para quem não está familiarizado com o conceito e causa passo a explicar: “Só quando uma música me arrepia os pelos do cú” consigo dizer que vale a pena ouvi-la!

Este conceito (aceito que questionável) ainda hoje me orienta nas minhas escolhas musicais que faço para as diferentes fases, dos diferentes dias, em que ouço música, mas uma coisa posso garantir, se não fosse por este caminho não teria descoberto muitas das minhas “obsessões”.

Foi nesta fase que acabei por concretizar o meu primeiro projeto no âmbito de uma lógica de “não importa se bom, importa é fazer!!!” Nesta fase “nasceu e morreu” o “Divagar, devagar”, uma compilação de pequenos textos escritos por mim que versavam sobre tudo e sobre nada… sobre toda a gente e sobre ninguém… no fundo versavam sobre a minha constante procura de algo que me fizesse andar para a frente (sempre com os The Doors como pano de fundo) …

50 anos volvidos após o lançamento do seu primeiro álbum, ainda consigo passar um dia inteiro a ouvir a discografia dos seguidores de Walt Whitman e de Aldous Huxley e pensar…

Porra, estes gajos eram mesmos uns génios!!!!

Sérgio Pininfarina: Criador de alguns dos mais belos Ferrari morre aos 86 anos

O engenheiro Sérgio Pininfarina, que desenhou alguns dos modelos mais emblemáticos da escuderia italiana Ferrari, morreu esta noite na sua terra natal, Turim, norte de Itália, aos 86 anos, confirmou hoje a empresa.

Pininfarina faleceu na sua casa em Turim, tendo por companhia até ao último momento a sua mulher, Giorgia, e os seus filhos Lorenza e Paolo.

Representantes da empresa familiar italiana manifestaram o seu apoio à família e recordaram «a figura empreendedora de Sérgio Pininfarina, que guiou durante muitos anos a Ferrai, levando-a ao mundo com uma tradição de elegância e estilo constantemente renovada com os mais altos estandartes de inovação tecnológica e beleza em harmonia».

Nascido a 8 de setembro de 1926, Sérgio Pininfarina seguiu a vocação do seu pai, Battista “Pinin” Farina, e passou grande parte da sua vida a trabalhar na companhia familiar, Pininfarina, dedicada ao desenho e à construção de automóveis.

O seu nome está ligado ao design italiano e à Ferrari, pois a firma Pininfarina desenhou alguns dos automóveis mais sofisticados e aclamados da famosa escuderia de Maranello, ainda que a marca Pininfarina também trabalhe em outras áreas criativas.

«Manifesto o meu pesar pela perda de Sérgio Pininfarina, pois perdemos um protagonista do nosso país», assinalou hoje o vice-presidente do Senado italiano, Vaninno Chiti, que recordou o «histórico compromisso empreendedor que levou alto o nome de Itália».

in Diário Digital